Lá estava ela, com suas ondas castanhas sobre os ombros e seu jeito estranho de tirar a franja do cabelo, linda... Sim lá estava ela, há uma metro de mim, distância máxima de tempo; seu olhar estava embassado, estava lendo seu autor preferido Machado de Assis - lembro que sempre comentava sobre suas obras e eu meramente vazio de literatura - minha garota estava com frio, mas agora não podia mas aquece-la, não podia se quer toca-la, sentir seu sorriso e fazer de sua respiração meu dia válido. Tudo aquilo estava correndo e tropeçando na minha cabeça, meu amor ao meu lado - longínquo - ao meu lado e eu só absorvendo no papel e um lápis, nas minhas fracas palavras, apenas. Ela desceu, não sabia se eu gritava, dizia olá ou quem sabe pudesse abraça-la de repente e enquanto pensava na melhor forma de tocar em suas mãos ou de residir em seus olhos ela desceu do ônibus, se foi, isso ela se foi e eu voltei para casa.
Para a grande memória de um conhecido muito querido.
eu não poderia ter descrito melhor
ResponderExcluircada palavra se encaixou, tudo foi traduzido *-*