terça-feira, maio 27

ansiedades

Queria entender porque em uma noite você se esparramou em mim, minha pele delirava e agonizava de magia, aquela garota deixou seu olhar nu, aqui, na minha cabeceira, seus traços ficaram na minha parede ocular, pontes caídas do seu sorriso pela metade.  Dois copos sujos embaixo da cama, lá ficaram suas desculpas junto com uma marca de batom vermelho, dois dias se passaram. Tudo seria tão efêmero, como todas as vezes, só que ficaram muitas marcas comigo, tuas marcas, nossas origens, até seu trago ficou preso na minha cabeça e isso me chapava durante os dias inteiros. Transbordou, suas mãos paralelas, uma outra a noite, a ansiedade fazia um linha tênue entre nossos corpos, colapso, vou morrer aqui e ninguém vai saber, apenas você, que vai continuar seguindo os dias destruídos.
Vem comigo, fique, absorva-me.
Aperte minha mão.

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