quarta-feira, junho 4

Esquina

Em um dos passos que eu dou eu vejo teu rosto em cada esquina, em corpos estranhos de almas subliminares, eu enxergo você talvez no corpo mais absurdo no qual pode ter se deitado e compartilhado tudo com o desconhecido, sem eu saber. Desta vez eu vou embora, não é ela, nem seus braços cansados, não há mais sentido. Como sempre tudo muito fugaz, a estrela se foi, seu brilho ficou, como seu poema no meu caderno de poemas, porque seus dedos pareciam que tinham o caminho certo, já estava tudo traçado, tudo calculado, as diretrizes, tuas zonas, ainda há um mapa pela frente, cada cidade, cada beco que você precisa descobrir dentro de mim. Nunca achei que você fosse ficar neste ensaio, pois nas minhas peças os personagens são efêmeros e teus olhos já me descreviam isso.

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